sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Para ler antes de ler



Todos os dias, às 18h, a feira promove a tenda de autógrafos. Os leitores vão para, além de prestigiar, receber algumas palavras do autor, escritas nos seus próprios livros. As dedicatórias são uma forma de deixar cada exemplar único e especial, ainda que a história seja a mesma.

“Olho no rosto da pessoa e vejo o que vou escrever”, diz Isabel Torino, autora de Um leque mandarim do Museu da Baronesa. É a pessoa que vai receber a mensagem que conta, para o escritor Vilson Farias (Casos Emblemáticos da Atuação com Delegado de Polícia e Promotor de Justiça). “Procuro pessoalizar a dedicatória, se é amigo pessoal vou agradecer pelos anos de convivência, os do trabalho eu agradeço pela força”, explica.


O autor de Náufrago de um Mar Doce, Nauro Júnior, disse que “é sempre diferente, talvez porque seja o segundo livro, mas cada pessoa é diferente”. Nauro, que também escreveu A Noite que Não Acabou, acredita que mesmo que as tendas de autógrafos virem um costume, as dedicatórias não se tornarão algo mecânico. Prova disso é o leitor e amigo Paulo Isaias, que foi dar um abraço no escritor e receber sua mensagem. Ele carregava também uma sacola com um exemplar de 50 Tons de Cinza. “Personaliza. Eu vou ler os dois livros, mas ter a dedicatória no do Nauro dá outro significado, muito mais legal”.


Títulos, autores e histórias se repetem, mas os exemplares que passam pela tenda de autógrafos da Feira do Livro ganham uma nova forma de leitura depois que cada um tem a sua própria assinatura.

Texto: Luiza Katrein